Fuxicos da mãe Terra: Onde moram as histórias não contadas?

O Grupo 2, desde o ano passado, quando ainda era Grupo 1, está fisgado pelos saberes e mitologia dos Orixás. Cada um deles, encarregados de cuidar e proteger os elementos da natureza, gerou fascínio e proximidade com a meninada. Afinal de contas, os mitos nos contam que os Orixás tem super poderes, mas também tem características humanas, dificuldades e desafios que os levam a interdependência uns dos outros.

Neste ano, seguindo o caminho da pesquisa, a turma do Grupo do 2 tem escutado histórias das mais diversas sobre a origem dos Orixás, e elas contam um bocado sobre algumas visões de mundo de África, incluindo modos de ser, de pensar e de habitar esse planeta. Explicam também sobre origens, ancestralidade e relações pessoais.

Diante de tanta sabedoria e descoberta, a menidada vai capturando tudo e resignificando as informações que chegam, associando também aos conhecimentos que já tem, numa linda lógica pluriversal.

E se tem uma coisa que os povos originários nos ensinam é que saber “universal” é uma visão colonizadora. “Uni” vem de único, e “verso”, versão. As crianças do Grupo 2 acolhem a lógica Pluriversal (muitas versões) de uma maneira natural, onde muitos mundos podem coexistir. Assim, os saberes Iorubás dos Orixás, a Ciência e suas teorias de origem do universo e do ser humano, e também as construções e hipóteses fantasiosas das crianças (fruto de muita observação e tentativa de entender esse mundão) ocupam as falas e investigações da meninada.

Todos os saberes e hipóteses são acolhidos pelas crianças, num fluxo intenso de pertencimento, escuta e investigação. Toda narrativa tem espaço. Toda narrativa é importante. O mundo é grande, cabe todo mundo, e o G2 também!!

Educadoras Karol Santos @karolk_santos, Paula Lembi @paulalembi e Paula Fiuza